27.3.06

Nossa.
E eu que pensava que Thriller do Michael Jackson tinha sido o grande exemplo de dissociação entre música e imagem nos clipes...

Vendo recentemente Twisted Transistor do Korn tive que assumir: o clipe é legal para caramba. Snoop Dogg, cara!
Mas, peraí, tinha alguma música tocando no fundo? Hmm...nem reparei.

Em tempo: falta pouco para esse ser o clipe mais pedido da história do Korn nos EUA.
Faz sentido.


24.3.06

Piada do dia: "Não há Estado com uma democracia, exceto a Líbia, em todo o planeta" - Muammar Gaddafi, governante da Líbia há 37 anos.


19.3.06

Mais uma vez esse rosto. Todo dia esse maldito rosto.
Cruzar com ele, fato antes tão incidental, tornou-se há tempos minha mais pura rotina, a essência de minhas horas. Como estivesse a mim acorrentado, persegue meus passos, meus pensamentos, sempre dissimulado, fora da minha vista, mas eu o sinto e sei, mesmo sem abrir os olhos, que ele está lá.

Sagaz, espera meus momentos de solidão e se revela, nu. Eu o fito, por puro reflexo. Esse rosto, tão conhecido rosto, seus olhos parecem não se mover, visam ao vazio, à inexistência. Os lábios tortos, secos, trêmulos, me lembram de passados que deveriam ser esquecidos; nomes, apagados.

Tudo nele é disforme, confuso, imperfeito: é minha vida saltando pelas primitivas rugas, refegos de meu áspero tempo. Sua ousadia me irrita, me encara e regorgita tudo do que já provei.

Eu tenho nojo desse rosto; mas sei que ele só me segue porque assim desejo. Minha complacência faz sua oportunidade. O quero em mim, suas correntes são minhas também, ele sou eu.
Esse rosto maldito é o mais cru de meus reflexos.


16.3.06

Apostaria minha batata-da-perna que as Mães Contra o Hard Rock (MAHR) são uma bela invenção de alguém à lá Mr.Manson.

Estou ansiosamente esperando alguma resposta, de preferência em choro, do The Used ou My Chemical Romance.


13.3.06

Qual é das pessoas lançarem agora dois CDs de uma só vez?

Parece ter virado uma moda, a última grande jogada do artista moderno - depois do show em DVD, claro; quase sempre justificada com a mesma desculpa: "excesso de material".

Olha, de cara, não vejo nisso muita estratégia de marketing. Seria muito mais vantajoso lançar um disco agora e o outro, uns meses depois, aguçando assim a curiosidade e a disposição financeira dos fãs.

Artisticamente falando então, é algo lamentável. É quase um desperdício intelectual. Se as pessoas não costumam ouvir com atenção as 10 faixas de um disco normal, imagine as 20!
Só favorece a supervalorização dos singles - o que só é bom para a gravadora.
Ah, quantas músicas passarão despercebidas...

Projetos assim só deveriam ser autorizados em caso de coletâneas extensas ou gravações ao vivo. Oras, nem todo mundo pode se dar ao luxo de um White Album!
Definitivamente, não entendo o que passa na cabeça desses artistas.

E ainda pior nisso tudo é eu ter de perder duas vezes mais tempo baixando o CD na internet.
Haja paciência.


9.3.06

Me lembro que quando criança eu costumava receber umas certas broncas da minha mãe por viver evitando o banho.
Eu, naturalmente, me defendia, mas mães sempre relevam os argumentos dos filhos, por melhores que sejam - e acredito que os meus, em particular, nem fossem tão bons.

O fato é que ainda hoje entendo minha posição. Não era uma questão de aversão à limpeza: a infância simplesmente não tem tempo a perder com água e sabonete, bobeiras inventadas por adultos.
O ruim do banho não é o ato em si, mas o que o circunda, a necessidade de se interromper o que se está fazendo e se despir - sem ter uma razão válida para isso! A cassação da liberdade.

O mundo é todo seu e de repente...pertence ao chuveiro. Como uma máquina desalmada, o corpo segue o processo do asseio, passo-a-passo, até a etapa final: a secagem.
Há atividade mais infindável? É a grande tortura, a que resume nossas vidas, a toalha que se enche d'água e nunca nos seca.
Existe entre nós seres capazes de suportar tal tarefa maldita?

Ah, santa sapiência das crianças. E santas mães, que cá estão para nos secar.