30.8.06

Ao tirar o paletó, senti cair o peso dos últimos dias.
Era o isqueiro de plástico dela.
Não pensei duas vezes e gastei o fluido por inteiro.


24.8.06

A porta se abre de sopetão, atrapalhando o ócio habitual.
É minha mãe, com semblante chocado, que adentra apenas alguns centímetros no quarto e pára ainda com um olhar vidrado e minimamente assustador.
- Ok, quem morreu, mãe?
- Plutão - "oi?" - Plutão. Não é mais planeta... Acabou de passar na tevê; mas vê se pode uma coisa dessas!

Taí, ela está certa. É das coisas mais implausíveis que saiu na imprensa nos últimos tempos. Todo o resto é só humanidade.


18.8.06

Metalinguagem é quando você está lendo um texto sobre sofismas e se depara, na hora da exemplificação de um argumento ad hominem, com uma falácia non sequitur.
Isso garante o dia de qualquer um.


7.8.06

E ela era jornalista ainda por cima!
Devia ter me avisado antes de apagar o cigarro com o salto.
Agora já não posso fazer muito.


3.8.06

É impressionante como tantas coisas podem acontecer num intervalo de exatos dois meses e esse blog simplesmente ficar assim, parado. As sortes de putas e gringos já mudaram várias vezes e o velho post ainda mofando cá embaixo.

Aparentemente, há muito para se botar em dia.
Mas, quer saber?, de Copa, greve, novos escândalos políticos, shows, o que realmente presta é mesmo a morte da Nanda na novela das nove.

Como a imprensa pode ser tão capaz de broxar o telespectador ao contar de antemão tudo o que vai acontecer com a menina? E como pode um autor deixar que tal atrocidade aconteça?
Assim, teoricamente, as idéias de catarse e reviravolta ainda existem na dramaturgia! Não aboliram não, hein.

Desse jeito não funciona, Manoel, não funciona.